Um estudo massivo feito pela Gallup em 2013, com empresas de 142 países, mostrou que apenas 13% dos colaboradores estão comprometidos no seu trabalho.
A maioria dos colaboradores de todo o mundo, cerca de 63%, não estão comprometidos, indicando que lhes falta motivação e poucos, provavelmente, vão investir energia e foco extra na empresa onde trabalham. Este estudo mostrou ainda que 24% dos colaboradores estão ativamente descomprometidos, ou seja, estão infelizes e pouco produtivos no trabalho, estando também a contagiar negativamente os outros colegas.
Algumas empresas já começam a apostar na felicidade e bem-estar psicológico dos seus colaboradores, mas ainda são poucas as empresas que realmente investem neste tema.
O grande problema vem no facto das empresas não entenderem o verdadeiro impacto que a felicidade dos seus colaboradores traz nos resultados da empresa.
A Social Market Foundation e a Warwick’s Centre for Competitive Advantage, fez um estudo que contou com 700 pessoas, mostrando que os colaboradores felizes são mais produtivos no trabalho. O estudo mostrou que a produtividade aumentou 12%, em média, tendo chegado até 20% acima do grupo de controlo (grupo de pessoas que não foram alvo da experiência).
Embora a felicidade seja um tema subjetivo, tem resultados concretos e objetivos.
Um colaborador feliz, sente-se mais realizado, melhora a sua saúde, consegue estar mais disponível nos seus relacionamentos pessoais, é mais produtivo e dedicado e ainda contagia positivamente os seus colegas.
Este contágio emocional é um assunto muito sério e estudado na literatura psicológica há várias décadas. A Dra. Sigal Barsade, da Universidade de Wharton, nos EUA, tem feito alguns estudos sobre o contágio emocional. Ela verificou que quando grupos de trabalho têm pessoas que contagiam emocionalmente outros elementos do grupo, de forma positiva, esse grupo mostra mais cooperação, menos conflito interpessoal e melhor desempenho.
Quando as empresas apostam numa cultura emocional positiva e em disseminar felicidade e práticas de bem-estar psicológico junto dos seus colaboradores, todas as dificuldades sentidas pelas empresas começam a diminuir.
Os problemas de conflitos interpessoais, baixa produtividade, falta de criatividade, baixo compromisso, começam a melhorar. E nesse momento, essas empresas tornam-se também em “empresas felizes”.