Sendo que felicidade é um estado durável de satisfação e equilíbrio psíquico e físico gerando bem-estar e paz interior, faz todo o sentido que cada um de nós esteja constantemente a trabalhar para atingir este estado, quer na vida profissional assim como na vida familiar.
Será que é possível ter felicidade na vida familiar e não a ter na vida profissional? Sendo a pessoa constituída por “partes” e o seu todo é naturalmente a soma das partes. Se a felicidade é um estado, caso não exista nestas partes não poderemos ter uma felicidade global mas sim momentos felizes, e o objetivo é atingir a felicidade no seu todo.
Assim sendo, a felicidade das pessoas nas organizações é, pois, um desafio constante que deve ser uma preocupação constante do Líder.
Quem ganha com a felicidade dos colaboradores nas organizações?
Em primeiro lugar a organização, de seguida os colaboradores, as seguradoras, o serviço nacional de saúde e, claro, a sociedade em si, pelo contágio que essas pessoas fazem por onde passam.
Será que a felicidade está diretamente ligada à motivação?
Se o estiver, temos que primeiro entender que motivo leva os colaboradores a fazerem o que fazem. Se assim é, então, cabe ao Líder entender esse motivo.
Se, para as organizações serem brilhantes isso depende em primeiro lugar dos colaboradores, é fundamental construir uma cultura organizacional forte e um ambiente interno eficaz que promova a felicidade de toda a equipa.
A conjugação entre pessoas que encontrem motivo naquilo que fazem e isto lhes dê significado de vida, aliado a uma cultura organizacional fortemente voltada para as pessoas, leva a termos PESSOAS FELIZES e ORGANIZAÇÕES BRILHANTES, logo, objetivo alcançado.
Se isto é assim tão simples porque não acontece com a frequência desejada?
No meu entender, começa pela Liderança, pois em primeiro lugar tem que ter este processo claramente consciente, ‘Pessoa Felizes, Organizações Brilhantes’. De seguida, utilizar as melhores ferramentas para o fazer, por vezes encontrar também uma visão externa com esse objetivo, sendo fundamental ter um processo de comunicação interna eficaz.
A liderança deve estar focada nas pessoas, pois nas organizações temos pessoas com pontos fortes e com oportunidades de melhoria. A Arte de liderar passa por permitir que os colaboradores potencializem os seus pontos fortes assim como permitir oportunidades de melhoria.
Como estimular as pessoas? Existem diversos estudos que indicam que 80% dos colaboradores referem que ficam mais motivados quando o seu líder mostra apreço pelo desempenho que têm, enquanto apenas 17% das pessoas entendem que são suficientemente consideradas pelos empregadores.
E mais de 50% das pessoas ficariam mais tempo no trabalho se sentissem mais apreço por parte do seu líder.
Assim, o Líder mesmo que se sinta muito ocupado deve reservar algum tempo para construir, com mais frequência e de forma mais consistente, sistemas e rituais de valorização das pessoas, estando assim a estimulá-las.
Gerar uma atitude de Gratidão e respeito para com os colaboradores que lidera gera grandes benefícios.
Ter pessoas mais felizes traz custos ou benefícios às organizações?
A resposta é evidente e clara, traz benefícios, então faz todo o sentido criar-se dentro da organização uma estratégia de felicidade!
Algumas sugestões:
- Sabe qual o motivo por que cada pessoa trabalha na sua organização?
- Sabe claramente qual o grau de satisfação dos seus colaboradores?
- Tem de uma forma clara avaliado e consciencializado os pontos fortes e as oportunidades de melhoria de cada um dos seus colaboradores?
- Nos últimos seis meses quantas vezes de uma forma clara valorizou os seus colaboradores?
- Costuma envolver os seus colaboradores nas soluções de trabalho?
- Sabe o que os seus colaboradores gostam de fazer extra trabalho?
Todas as pessoas nas organizações têm um papel importante e uma visão interessante para desenvolver a sua organização.
‘As pessoas não precisam de ser geridas, precisam de ser estimuladas.’
Richard Florida