O termo stress deriva do latim, stringo, stringere, strinxi, strictum, que tem como significado apertar, comprimir, restringir.
Sendo um termo aproveitado da língua inglesa, a sua utilização inicial limitava-se à expressão de uma constrição de natureza física, e tratava-se de um conceito, sobretudo utilizado no campo da engenharia. Nesse sentido, engenheiros desde os primórdios da construção procuravam planear estruturas resistentes a diferentes cargas e forças externas, avaliar a pressão (stress) que essa mesma carga provocava na respetiva estrutura, bem como, a resposta/ resistência que a mesma conseguia apresentar.
A preocupação com este mesmo tipo de interação, mas, desta vez, no ser humano, surge bastantes anos mais tarde, com o fisiologista francês Claude Bernard (séc. XIX) que introduzia pela primeira vez a ideia de que, quando perante uma situação de agressão/ameaça à sua integridade física, cada organismo possuía a capacidade de evocar uma resposta para contrariar essa mesma ameaça.
Mais recentemente, as diferentes linhas de investigação, procuraram abordar este conceito, não apenas em termos do tipo de resposta que desencadeava, mas também na compreensão e análise dos diferentes acontecimentos que pareciam estar na sua origem, introduzindo a noção de “situação indutora de stress” (Lazarus e colaboradores, séc XX).
Sendo assim, um mesmo estímulo, ainda que nocivo, não poderia bastar para explicar a ocorrência de uma resposta de stress, tornava-se importante atender aos diferentes factores cognitivos anteriores ao próprio acontecimento(“filtros”), determinantes na forma como este era avaliado e sentido.
Por definição, consideramos uma situação indutora de stress, toda aquela circunstância ou estímulo, de origem interna ou externa ao indivíduo, em que este avalia a sua exigência como sendo superior à sua capacidade de resposta.
Nesse sentido, rapidamente percebemos que essa mesma avaliação irá variar muito de pessoa para pessoa, e até mesmo, numa mesma pessoa, de momento para momento.
De uma forma mais concreta, a repercursão ou impacto de um determinado acontecimento sobre um indivíduo, depende, sobretudo, de 3 factores:
- A avaliação que o indivíduo faz da situação que está a vivenciar;
- A sua percepção da sua capacidade resposta ou controlo sobre essa mesma situação;
- e, Não menos importante, o apoio social de que dispõe naquele momento.
Como conclusão, importa referir que nenhum ser humano está livre de enfrentar circunstâncias indutoras de stress, no entanto, como “seres sociais” que somos, é fundamental perceber que cada indivíduo não conta apenas com a sua própria força/resistência para enfrentar/resistir a determinada situação.
É fundamental que, nestes momentos, sinta o apoio e a força daqueles que o rodeiam, de forma a que a “carga” a que está exposto, seja, dentro do possível, experimentada como mais leve.