No passado dia 11 de Maio comemorou-se o dia dos cancros de pele, o dia do Euromelanoma em Portugal.
Estando os profissionais da condução invariavelmente expostos ao sol durante a sua atividade laboral, é por isso oportuno falar das medidas preventivas de modo a prevenir quer o fotoenvelhecimento, quer neoplasias da pele.
O cancro da pele é geralmente causado pela exposição excessiva aos raios UV do sol, que penetram e danificam a pele ao longo do tempo.
As lesões cancerígenas são suscetíveis de aparecer em lugares expostos ao sol com mais frequência na cara, pescoço, costas e membros. No caso dos motoristas, as zonas preferencialmente atingidas são no lado esquerdo do corpo e face.
Quanto à idade em que pode surgir o cancro de pele, é mais comum em pessoas com mais de 50 anos, mas todos podem ser afetados.
O cancro de pele é uma das formas de cancro mais tratáveis, com uma taxa de recuperação muito alta. Contudo, o conhecimento entre a população sobre os sintomas do cancro da pele é baixo, o que significa que a deteção precoce é vital.
‘Cancro da pele’ refere-se a várias formas diferentes da doença, cada um dos quais tem diferentes sintomas, tratamentos e gravidade.
Felizmente, as lesões cancerígenas podem ser detetadas através da vigilância, permitindo que o tratamento do cancro da pele seja mais efetivo. Em termos gerais, devem ter cuidado com manchas da sua pele que:
- Sofrem alterações de cor, tamanho ou forma;
- Tem um aspeto diferente do resto da pele;
- São assimétricas ou apresentam bordos irregulares;
- São maiores do que 6mm;
- São ásperas ou escamosas (algumas vezes é possível sentir uma lesão antes desta se tornar visível);
- Apresentam várias cores;
- Provocam comichão;
- Sangram ou libertam líquidos;
- Tem cor branca-nacarada;
- São parecidas com feridas, mas não cicatrizam.
Não se deve assumir que uma mancha suspeita é benigna apenas porque é indolor. Nem todas as lesões cancerosas causam dor. Explicados os sinais de alarme para lesões na pele, importa agora mencionar quais as medidas preventivas a ter durante a condução de modo a evitá-las, estas são:
- Aplicar protetor solar (dependendo do fototipo, mas de preferência FPS 50+, com proteção UVA e UVB) todos os dias e renovar as aplicações ao longo do dia;
- Usar óculos de sol, que além de oferecer proteção ocular, melhoram a visibilidade;
- Usar mangas compridas ajuda a diminuir a exposição direta ao sol através do vidro;
- Não conduzir com o vidro aberto (somente se a viatura não tiver ar condicionado, e nesse caso abrir o vidro do outro lado), nem com o braço apoiado na porta do veículo (ficando por isso mais exposto ao sol);
- Fazer o autoexame da pele com regularidade e recorrer ao médico de família ou dermatologista caso surja alguma lesão suspeita.
A imagem apresenta um Homem de 69 anos, apresenta sinais de envelhecimento cutâneo mais acentuado na hemiface esquerda, que
se explicam por ter sido motorista de pesados durante 28 anos, com exposição solar crónica (raios UVA e UVB) através do vidro da janela enquanto conduzia. Adaptado de “http://www.nejm.org/doi/full/10.1056/NEJMicm1104059”