Cada caso é um caso.
Ter a casa paga ou não. É a diferença entre responsabilidade e irresponsabilidade.
Para esta edição escolhi o tema seguro de vida, pela relevância que pode exercer nas famílias. Hoje em dia para tudo o que valorizamos e julgamos ser importante existe a possibilidade de realizarmos uma proteção (seguro), seja carro, casa, cão, etc.. Então, acredito que fará todo o sentido salvaguardar-nos com a proteção que um bom seguro de vida pode oferecer.
Sabe qual é o tipo de seguro de vida que tem?
Se comprou a sua casa com recurso a crédito habitação, o seu banco provavelmente obrigou-o a contratar um seguro de vida, com as coberturas de morte e invalidez. Mas atenção que há dois tipos de seguro: o IAD (Invalidez Absoluta e Definitiva) e o ITP (Invalidez Total e Permanente). A diferença nestas coberturas é enorme. Pode ser a diferença entre ter a habitação paga ou não, em caso de incapacidade resultante de uma doença ou acidente. Tome atenção, aliás, tome mesmo muita atenção: assim, Invalidez Total e Permanente (ITP), é a incapacidade, resultante de acidente ou doença, de acordo com a tabela nacional de incapacidades, que impeça a pessoa de exercer uma atividade remunerada de forma total e definitiva, ou seja, esta opção engloba não só a cobertura que garante de Invalidez Total e Permanente como também a cobertura de Invalidez Absoluta e Definitiva. Já a cobertura Invalidez Absoluta e Definitiva (IAD), é a incapacidade (mais barata), resultante de acidente ou doença, que tenha caráter definitivo e que impossibilite a pessoa segura de exercer qualquer ocupação remunerada, exigindo o recurso à assistência de uma terceira pessoa para a satisfação das suas necessidades vitais (o que vulgarmente é designado de “estado vegetativo”). É nas pessoas que têm esta cobertura (IAD) no seu seguro de vida onde encontramos histórias dramáticas de pessoas que eram a principal fonte de sustento de uma casa, viram o seu rendimento reduzido drasticamente pela doença ou acidente e ainda ficaram com a prestação da casa para pagar. Porquê? Porque a cobertura que tinham para invalidez (IAD) só funciona caso fiquem dependentes de terceiros e/ ou em estado vegetativo. Por isso, mexam-se (HOJE) se faz favor.
Saliento ainda o fator preço, pois o mercado segurador neste campo mudou tanto que hoje potencialmente pelas coberturas mais completas consegue pagar menos 30% a 50% do que está a pagar neste momento. Por isso, para ter certezas e poupar no seguro de vida e eventualmente melhorar as coberturas da apólice terá de mudar de seguradora. Mas cuidado que o seu spread pode estar “amarrado” ao seguro de vida. Existem bancos que aceitam com alguma facilidade a troca de seguradora e muitos outros que a dificultam ao máximo. Assim, sugiro que consulte a sua escritura e apólice de vida, junte-as e peça simulações a sociedades de seguros.
Em jeito de conclusão e como profissional do setor sugiro: veja qual é o seguro que contratou e altere-o se as coberturas ou preço não o satisfizerem. O segredo para evitar dissabores pode, muito bem, estar na mudança de seguradora.
“Viva hoje, proteja o amanhã”.